Spice Sex Shop - Franquia de Sex Shop
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Os números assustam, mas não me deixam mentir: a maioria de nós sabe mais sobre fazer boquete que sobre a própria buceta.

(esse post é basicamente para mulheres heterossexuais por um simples motivo: elas são as principais vítimas de parceiros clitorignorantes)

Não que seja estranho, né. Em uma sociedade masculina, o que se espera é uma mulher abnegada. E mesmo quando conseguimos alguma liberdade, ainda é difícil imaginar que ela exista sem aprovação dos caras.

Normal, esperado e reforçado por tantas dicas para ser Deusas do Sexo que falam, majoritariamente, sobre o prazer do outro. Não que tu vá ser uma trouxa com o coleguinha, mas sexo bom normalmente começa com compreender, amar, explorar seu próprio corpo e seu próprio prazer.

Ontem mesmo estava lendo uma pesquisa inglesa que concluiu que 80% das entrevistadas simula orgasmos. E se tem uma coisa que nunca entendi é isso. Primeiro pelo motivo mais besta: pra que? Tu não gozou, as vezes acontece, não precisa brincar de Robocop do sexo. Mas também por achar que simular orgasmo é, muitas vezes, premiar a falta de dedicação do parceiro.

E sabe o que concluiu outra pesquisa sobre o principal motivo para simular orgasmo? Altruismo. Ou seja, para evitar machucar os sentimentos do parceiro.

O que me faz pensar na quantidade de sexo heterossexual entre duas pessoas onde ambos só estão ali pensando em: piroca. Se uma divindidade não te abençoa, não merece teu louvor, amiga.

E sobre essa falta de bençãos, um estudo brasileiro, do ProSex (Projeto de Sexualidade da USP), diz que pelo menos 50% das brasileiras tem dificuldades (não temporárias) em atingir o orgasmo. E o quadro é ainda mais complicado: “Existe uma percentagem de mulheres que nunca tiveram um orgasmo, cerca de 40%. Dessas, 70% sentem o orgasmo através do clitóris, que pode ser pelas mãos, por instrumentos ou mesmo numa relação. E aqui entra a questão que pode complicar.”

Então vamos começar falando de clitóris?

clit_rodeo

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A artista nova iorquina Sophia Wallace criou o Cliteracy. A vibe da Sophia é popularizar o clitóris, já que ele é o possibilitador da maior parte dos orgasmos femininos no mundo. E, entre as várias sabedorias do projeto, uma delas chama atenção:

Todos os corpos tem o direito de experimentar o prazer que eles são capazes.

E como fazer isso? Um bom começo é se tocando e se olhando sozinha, mesmo. Todo nosso corpo tem zonas que causam excitação sexual. Quem fica só pensando na penetração perde a loucura da nuca, das orelhas, dos ombros, dos seios e do clitóris.

Aliás, sabia que o clitóris é o único orgão do corpo humano cuja única função reconhecida é sentir prazer? Então por que tanta gente louva piroca e tão pouca gente louva essa pequena (mas nem tanto) maravilha? Ou, como disse a Sophia numa entrevista: “até na pornografia mainstream a atenção ao clitóris aparece como algo pervertido“.

clitoria_2

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Por isso, outra bela maneira de experimentar o prazer que teu corpo é capaz é: não simulando orgasmo. Sexo deve ser uma troca, de preferência o mais franca possível. E nunca são as mulheres que lucram quando uma mulher simula que gozou sem nem ter chegado perto disso. Então demonstre, diga, mostre o que gosta. Deixe seu parceiro aprender, se ele não souber como funciona e o que te faz feliz.

Se ele não tiver interesse em aprender, bom, azar o dele, colega. A vida é curta demais para sexo ruim e parceiro babaca.

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