Você tem vergonha dos seus brinquedinhos sexuais?

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Chega de Dildo Shaming!

Desde que comecei a pesquisar consumo erótico feminino, no início do meu doutorado em 2007, tenho me deparado com bastante preconceito e resistência.

Não é só por parte da sociedade e dos indivíduos que a compõem – que, muitas vezes, torcem o nariz para a mulher que consome produtos eróticos. Mas também por parte da comunidade acadêmica. Alguns de meus pares, isto é, pesquisadores e professores de Marketing e Consumo, compreendem o que estou fazendo e acreditam na relevância de minha pesquisa.

Mas outros preferem fingir que o consumidor não tem sexualidade, não compra e usa produtos eróticos e que a indústria erótica não existe. A consumidora, então, nem se fala!

Mas a indústria existe, o consumidor faz, sempre fez e sempre fará sexo, usando produtos antes, durante e depois do ato. A consumidora mais ainda, pois 70% da clientela de sex shops são formados por mulheres.

dildo shaming

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Minha tese de doutorado foi defendida e, agora, gostaria de compartilhar minhas descobertas. Por isso, produzi o documentário “O Vibrador Dialético” (cujo título em Inglês é “Dialectical Dildo: Why Women’s Erotic Consumption is not a Threat to Men”), fruto de minha pesquisa sobre consumo erótico feminino, realizada em três estados brasileiros durante quatro anos.

Adotando abordagem dialética e cultural, entrevistei consumidoras, empresárias e funcionárias de sex shops e realizei observação participante em lojas e eventos da chamada Indústria Erótica e Sensual.

O filme será lançado no maior congresso mundial de comportamento do consumidor, o congresso da Association for Consumer Research, que acontecerá em outubro de 2015 em Nova Orleans, EUA.

“O Vibrador Dialético” tenta combater a visão de que a sexualidade feminina é motivo de vergonha e, mais especificamente, de que mulheres não deveriam consumir produtos eróticos.

Mulheres que não mantêm sigilo sobre seu consumo erótico podem ser tachadas de “encalhadas” ou “traidoras”, adjetivos relatados por minhas entrevistadas. Ou, como aconteceu com a atriz Luana Piovani quando postou uma selfie em que acidentalmente seu vibrador aparecia, podem ser intimidadas, nas redes sociais, por comentários de shaming.

Meus achados de pesquisa mostraram como o consumo erótico pode ser construtivo para o bem-estar feminino, para os relacionamentos, para a igualdade de gênero e para a sociedade. E não destrutivo, como alguns podem pensar.

Mulheres não precisam ter vergonha de sua sexualidade. Mas não deveria ser necessária nenhuma pesquisa acadêmica para que geral descubra isso, não é mesmo?

#EuVibro e você?

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Como escolher e cuidar do seu sex toy


Infelizmente, no mercado erótico nem tudo são flores. Muitos sex toys são fabricados com materiais de baixa qualidade e vendidos sem instruções. Isso pode ser perigoso, pois como qualquer outro objeto, brinquedos sexuais também podem transmitir doenças.

sex toys

sex toys

Muitos sex toys, por exemplo, contêm falatos, um produto químico derivado do petróleo usado para “amaciar” borracha ou PVC. Brinquedos com falatos geralmente têm aquele cheiro característico de plástico. Embora os falatos sejam usados em uma infinidade de produtos, a maior exposição e contato durante o uso de um sex toy está relacionada a doenças no fígado e reprodutivas. Os estudos relativos às consequências dos falatos ainda não são conclusivos, mas há muitas indicações de que eles causam mal a saúde e seu uso já foi proibido em alguns países.

No Canadá, nem mesmo brinquedos para cachorro podem conter falatos. Eles também estão relacionados a asma, modificações hormonais no corpo, redução da qualidade do esperma e problemas genitais nos homens e desenvolvimento precoce dos seios nas mulheres. A comunidade científica também suspeita que os falatos sejam cancerígenos.

Brinquedos feitos com falatos fedem, vazam produtos químicos, causam irritações, ardem e incham, sem contar que são porosos e acumulam bactérias. Se você não tem como se certificar de que o seu brinquedo é completamente livre de ftalatos, lembre-se de usá-lo sempre com uma camisinha!

Regras gerais para a sua proteção:

Independente de qual é o seu brinquedo, algumas regras são gerais. Evite comprar sex toys que não possuem instruções de uso e não informam quais são seus materiais. Se tiver dúvidas, vale ter atenção com algumas dicas rápidas:

– Se o sex toy não é à prova d’água, ou se você não tem certeza, jamais use-o no chuveiro, na piscina e jamais mergulhe-o na água, nem mesmo para limpar. Ao invés disso, use uma flanela úmida.

– Se o sex toy não é totalmente impenetrável, ou se você não tem certeza, jamais utilize sem uma camisinha. Guarde-o em sua embalagem original ou em um saco plástico para impedir que acumule ainda mais poeira e bactérias.

– Se o sex toy não é feito 100% de vidro, metal ou silicone, ou se não pode ser esterilizado, use e troque de camisinha sempre que for compartilhar com outra pessoa ou trocar de orifício. Caso contrário, lembre de esterilizá-lo conforme as instruções antes e após o uso e entre cada troca de pessoa ou de orifício.

– Se o sex toy não é totalmente livre de ftalatos, ou se você não tem certeza, jamais utilize sem uma camisinha.

– Se o sex toy não é feito de um material rígido e impenetrável, como vidro, plástico, madeira ou metal, jamais utilize lubrificantes à base de óleo.

– Se o sex toy não é totalmente livre de silicone, ou se você não tem certeza, use somente lubrificantes à base d’água.

– Se o sex toy não tem uma base plana e rígida, jamais insira-o analmente.

– Se o sex toy funciona à pilhas e não é totalmente à prova d’água, retire as baterias antes de lavar. Certifique-se também de que o compartimento de baterias está devidamente fechado.

– Se o sex toy é ligado na tomada, certifique-se de que o cabo está desconectado antes de limpar.

– Se o sex toy não é feito de um material de qualidade médica e alimentar, ou se você não tem certeza, guarde-o individualmente em sua embalagem original ou em um saco plástico, em um local frio, seco e escuro, para impedir que ele solte ou absorva tinturas e odores.

– Nunca use lubrificantes à base de óleo com camisinhas de látex.

Guia de materiais:

Borracha, látex ou vinil – Dildos fabricados com esses materiais são muito baratos. Altamente porosos, brinquedos feitos de látex ou vinil absorvem fluídos do corpo e formam colônias de bactérias e são especialmente difíceis de limpar. Tome cuidado com brinquedos que contêm látex na composição, pois eles podem causar reações alérgicas. Lave antes e depois de usar com água morna e sabão, se possível, com o auxílio de uma escovinha ou um pano úmido. Álcool ou outros produtos de limpeza podem deteriorar o material. Para se proteger e fazer o brinquedo durar mais, use uma camisinha sempre que for usá-lo. Use somente lubrificantes à base de água ou silicone.

Jelly (“geléia”) – Esse material tem esse nome por possuir uma consistência semelhante a uma geléia, além de ter muitas vezes uma aparência translúcida. Muitos brinquedos de jelly possuem ftalatos na composição. Se você não tiver absoluta certeza de que o seu brinquedo não contém ftalatos, jamais o utilize sem camisinha! Jelly é um material altamente poroso que acumula bactérias e é dificílimo de limpar. Além disso, brinquedos desse material têm um cheiro forte de borracha, soltam a descoloração e absorvem odores e tintas. Guarde seus brinquedos de jelly em um local seco, fresco e escuro e jamais os deixe junto com outros brinquedos, para não estragá-los! Se proteja com uma camisinha e lave com água e um produto para limpeza de sex toys, antes e após o uso. Sabão pode penetrar no material e causar problemas durante a utilização. Use lubrificantes à base d’água ou silicone.

Borracha plástica térmica (TPR) – Um material flexível, menos poroso do que látex ou vinil, mas que ainda acumula bactérias. Alguns brinquedos são feitos com TPR impenetrável, de altíssima qualidade, mas se atente, pois a maioria dos brinquedos são fabricados com TPR comum. Lave com sabão e água morna antes e depois de usar e se proteja sempre com uma camisinha de látex. Você pode usar tanto lubrificantes à base d’água quanto lubrificantes à base de silicone.

Elastômero – É menos poroso que outros materiais mais baratos, mas ainda absorve fluídos e bactérias. Como o material não pode ser esterilizado, use uma camisinha sempre que for compartilhar o brinquedo. Lave com água e sabão e use lubrificantes à base de água ou silicone.

Cyberskin – É um tipo de borracha que muitas vezes contém silicone e PVC na composição, feito para imitar o máximo possível a pele humana. Muitos dos dildos mais realistas são feitos com esse material. Esse material é extremamente poroso e impossível de ser higienizado completamente. Lave todas as vezes que for usar o brinquedo, antes e depois, e jamais deixe de usar uma camisinha para se proteger. Para prevenir que o brinquedo fique grudento, você pode sacudir um pouco de maisena (não use talco, estudos apontam que o talco está relacionado ao câncer cervical). Guarde os seus brinquedos de cyberskin individualmente, protegidos em plásticos, para não acumularem poeira e para não absorverem tinta e odores um do outro. Use somente lubrificantes à base d’água, pois produtos à base de óleo, silicone ou petróleo podem danificar o material.

Plástico – Um material barato, rígido e resistente. Apesar de não serem esterilizáveis, geralmente brinquedos de plástico são totalmente impenetráveis, o que significa que são relativamente higiênicos quando usados somente por uma pessoa. Para limpar, basta usar água e sabão antibacteriano, ou mesmo álcool isopropílico. Use uma camisinha sempre que for compartilhar o brinquedo com outra pessoa. Plástico é compatível com todos os tipos de lubrificante, sejam à base de água, óleo ou silicone.

Silicone – É um dos melhores materiais: vem em várias texturas e densidades, é totalmente hipoalergênico, impenetrável, inodoro e aquece junto à temperatura do corpo. Brinquedos feitos 100% de silicone – ou seja, sem outros componentes em sua composição – podem ser lavados facilmente com água corrente e sabão antibacteriano. Você também pode esterilizá-los totalmente utilizando uma solução de água com 10% de alvejante, lavando-os no compartimento superior de uma máquina lavadora de pratos ou os fervendo em uma panela com água em uma temperatura de 300 graus por cerca de 7 minutos. Silicone é um material muito duradouro e pode resistir uma vida toda se bem cuidado. Guarde em um local fresco e longe de outros brinquedos de silicone. Esterilize ou use uma camisinha sempre que for compartilhar e use somente lubrificantes à base d’água. Mantenha longe de brinquedos de silicone ou lubrificantes à base de silicone ou óleo para não danificá-los.

Vidro pyrex ou metal – Brinquedos de Pyrex ou de metal são totalmente seguros, hipoalergênicos, impenetráveis, inodoros e podem ser esfriados ou aquecidos. São muito deslizantes e podem ser esterilizados, ou sendo mergulhados em uma solução de água e 10% de alvejante, colocados no compartimento superior de uma lavadora de pratos ou fervidos em uma panela com água em uma temperatura de 300 graus por 7 minutos. Tome cuidado para não deixar o seu brinquedo de vidro cair e certifique-se de que não tem rachaduras. Guarde em uma bolsa acolchoada em um lugar seguro. Esterilize ou use uma camisinha sempre que for compartilhar. Você pode usar qualquer tipo de lubrificante com esses brinquedos, tanto à base de óleo, água ou silicone.

Madeira – Quando bem polida e finalizada com uma camada protetora de resina, é um material completamente liso, impenetrável e seguro para o corpo. Veja com o fabricante do sex toy específico se a finalização é totalmente à prova d’água e se o brinquedo pode ser esterilizado. Caso contrário, apenas dê uma lavada simples com água e sabão antibacteriano ou use uma flanela úmida, mas não deixe muito tempo mergulhado em água para evitar estragos. Sempre use uma camisinha quando for compartilhar. Brinquedos de madeira são compatíveis com todos os tipos de lubrificante, sejam à base de água, silicone ou óleo.

No fim das contas, não esqueça de pesquisar bem antes de comprar seu sex toy. Dê prioridade para brinquedos que contém lista de ingredientes na própria embalagem e não tenha preguiça de conferir se são materiais seguros. Se você já tem um vibrador feito de material potencialmente nocivo e não quer jogá-lo fora, siga as instruções de uso e nunca esqueça da camisinha! 😉

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