Você tem vergonha dos seus brinquedinhos sexuais?


Chega de Dildo Shaming!

Desde que comecei a pesquisar consumo erótico feminino, no início do meu doutorado em 2007, tenho me deparado com bastante preconceito e resistência.

Não é só por parte da sociedade e dos indivíduos que a compõem – que, muitas vezes, torcem o nariz para a mulher que consome produtos eróticos. Mas também por parte da comunidade acadêmica. Alguns de meus pares, isto é, pesquisadores e professores de Marketing e Consumo, compreendem o que estou fazendo e acreditam na relevância de minha pesquisa.

Mas outros preferem fingir que o consumidor não tem sexualidade, não compra e usa produtos eróticos e que a indústria erótica não existe. A consumidora, então, nem se fala!

Mas a indústria existe, o consumidor faz, sempre fez e sempre fará sexo, usando produtos antes, durante e depois do ato. A consumidora mais ainda, pois 70% da clientela de sex shops são formados por mulheres.

dildo shaming

dildo shaming

Minha tese de doutorado foi defendida e, agora, gostaria de compartilhar minhas descobertas. Por isso, produzi o documentário “O Vibrador Dialético” (cujo título em Inglês é “Dialectical Dildo: Why Women’s Erotic Consumption is not a Threat to Men”), fruto de minha pesquisa sobre consumo erótico feminino, realizada em três estados brasileiros durante quatro anos.

Adotando abordagem dialética e cultural, entrevistei consumidoras, empresárias e funcionárias de sex shops e realizei observação participante em lojas e eventos da chamada Indústria Erótica e Sensual.

O filme será lançado no maior congresso mundial de comportamento do consumidor, o congresso da Association for Consumer Research, que acontecerá em outubro de 2015 em Nova Orleans, EUA.

“O Vibrador Dialético” tenta combater a visão de que a sexualidade feminina é motivo de vergonha e, mais especificamente, de que mulheres não deveriam consumir produtos eróticos.

Mulheres que não mantêm sigilo sobre seu consumo erótico podem ser tachadas de “encalhadas” ou “traidoras”, adjetivos relatados por minhas entrevistadas. Ou, como aconteceu com a atriz Luana Piovani quando postou uma selfie em que acidentalmente seu vibrador aparecia, podem ser intimidadas, nas redes sociais, por comentários de shaming.

Meus achados de pesquisa mostraram como o consumo erótico pode ser construtivo para o bem-estar feminino, para os relacionamentos, para a igualdade de gênero e para a sociedade. E não destrutivo, como alguns podem pensar.

Mulheres não precisam ter vergonha de sua sexualidade. Mas não deveria ser necessária nenhuma pesquisa acadêmica para que geral descubra isso, não é mesmo?

#EuVibro e você?

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Como Aceitar a Própria Sexualidade?


G0y, highsexual, bro job e boner test são todas expressões surgidas nos últimos meses para falar de práticas sexuais entre dois homens que não se consideram gays. A princípio isso pode causar estranhamento (e risos diante de nomes tão bobinhos), mas a ideia está longe de ser nova.

Nos anos 40 o maravilhoso Doutor Alfred Kinsey criou uma escala, conhecida como Escala Kinsey, para definir o comportamento sexual das pessoas ao longo da vida. A escala serviu de base (e se modificou ao longo dos anos) para um dos maiores estudos sobre sexualidade humana já realizados.

escala-kinsey

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A grande descoberta da pesquisa coordenada pelo Kinsey foi que a maioria da população estava entre o nível 1 e o nível 5 da escala, ou seja, com uma preferência sexual predominante, mas não “restrita”. Isso quer dizer que, ainda que consideremos ser hetero o padrão sexual, o espectro bi estava estatísticamente mais presente.

Obviamente que as descobertas, publicadas nos livros Sexual Behavior in the Human Male (1948) e Sexual Behavior in the Human Female (1953), chocaram muito a sociedade conservadora da época, o que acabou destruindo a carreira e a vida pessoal do Kinsey (tem um filme de 2004 sobre ele, pra quem se interessou).

kinsey-staff

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A galera que fez a pesquisa

E esse isolamento do Kinsey serve como um indicativo de que a maneira como lidamos com a nossa sexualidade aos olhos do outro está diretamente relacionada com as possibilidades geradas pelo momento e pela construção social que nos rodeia. Quando, como no caso dele, não é possível sequer questionar a heteronormatividade, a sexualidade humana é levada para a clandestinidade.

Ou seja, a informação pode ser libertadora mas não é contagiosa. Ninguém vai sair pegando pessoas do mesmo sexo, se não quiser, apenas porque o mundo tem menos ódio. Da mesma forma, a ideia de que o material chamado “Escola Sem Homofobia” (e apelidado toscamente de “kit gay”) transformaria alguém em gay é, obviamente, só muito babaca. Mas, sim, poderia criar abertura para que mais pessoas vivessem sua sexualidade diboinha.

Claro que só isso não basta. Especialmente para nós, mulheres, que não somos contempladas com obranding do tesão (note que g0y, highsexual, bro job e boner test são todos sobre homens). E não somos porque existe uma falsa ideia de que temos mais liberdade para experimentar quando, na realidade, nossa sexualidade é tida como um tipo de entretenimento, algo que está à serviço dos homens. O que é especialmente duro para mulheres bi, como diz a Jamile Nunes nesse texto foda da Jarid.

Como mulher, a sociedade constantemente põe dificuldades em nossas sexualidades. Mas especificamente com bissexuais, somos ainda mais objetificadas e vistas como isca para aventuras sexuais por homens héteros. Além disso, existem mais desculpas para invalidar minha sexualidade, como o fato de que supostamente me declaro bissexual só para ‘chamar a atenção’ de outros caras, ou porque está ‘na moda’ ou é ‘moderno

bi

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Mas nem tudo está perdido. Uma pesquisa feita com habitantes do Reino Unido e recém lançada pelo YouGov mostra que, talvez, a pesquisa do Kinsey estivesse no rumo certo. Baseada na Escala ali de cima, ela traz números difíceis de imaginar em lugares onde a informação é controlada, como na Rússia, onde é proibida a “distribuição de informação direcionada para criar relações sexuais não tradicionais”.

bisexuality

bisexuality

*verde para completamente hetero ou gay *roxo para vários graus de bi

No gráfico é possível notar que, entre os mais jovens existe um quase equilíbrio entre quem se identifica como puramente hetero ou gay e quem se identifica como no espectro bi. Quanto maior a idade das pessoas, mais aumenta essa diferença. Ou seja, tanto lugares quanto momentos com mais acesso à informação possibilitam desenvolvimentos sexuais mais saudáveis, como o próprio YouGov esclarece:

Claro que essas figuras não medem bissexualidade ativa – no todo, 89% da população se define como hetero – mas te colocar no nível 1 da escala permite a possibilidade de experiências e sentimentos com pessoas do mesmo sexo. Mais que tudo, isso indica o aumento de uma abordagem mais mente aberta em relação a sexualidade.

E ser mais mente aberta está diretamente relacionado com a maneira como lidamos socialmente com a sexualidade (a nossa e a do outro). Com não condenar nem julgar comportamentos saudáveis baseados, somente, na nossa própria ignorância.

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Como escolher e cuidar do seu sex toy


Infelizmente, no mercado erótico nem tudo são flores. Muitos sex toys são fabricados com materiais de baixa qualidade e vendidos sem instruções. Isso pode ser perigoso, pois como qualquer outro objeto, brinquedos sexuais também podem transmitir doenças.

sex toys

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Muitos sex toys, por exemplo, contêm falatos, um produto químico derivado do petróleo usado para “amaciar” borracha ou PVC. Brinquedos com falatos geralmente têm aquele cheiro característico de plástico. Embora os falatos sejam usados em uma infinidade de produtos, a maior exposição e contato durante o uso de um sex toy está relacionada a doenças no fígado e reprodutivas. Os estudos relativos às consequências dos falatos ainda não são conclusivos, mas há muitas indicações de que eles causam mal a saúde e seu uso já foi proibido em alguns países.

No Canadá, nem mesmo brinquedos para cachorro podem conter falatos. Eles também estão relacionados a asma, modificações hormonais no corpo, redução da qualidade do esperma e problemas genitais nos homens e desenvolvimento precoce dos seios nas mulheres. A comunidade científica também suspeita que os falatos sejam cancerígenos.

Brinquedos feitos com falatos fedem, vazam produtos químicos, causam irritações, ardem e incham, sem contar que são porosos e acumulam bactérias. Se você não tem como se certificar de que o seu brinquedo é completamente livre de ftalatos, lembre-se de usá-lo sempre com uma camisinha!

Regras gerais para a sua proteção:

Independente de qual é o seu brinquedo, algumas regras são gerais. Evite comprar sex toys que não possuem instruções de uso e não informam quais são seus materiais. Se tiver dúvidas, vale ter atenção com algumas dicas rápidas:

– Se o sex toy não é à prova d’água, ou se você não tem certeza, jamais use-o no chuveiro, na piscina e jamais mergulhe-o na água, nem mesmo para limpar. Ao invés disso, use uma flanela úmida.

– Se o sex toy não é totalmente impenetrável, ou se você não tem certeza, jamais utilize sem uma camisinha. Guarde-o em sua embalagem original ou em um saco plástico para impedir que acumule ainda mais poeira e bactérias.

– Se o sex toy não é feito 100% de vidro, metal ou silicone, ou se não pode ser esterilizado, use e troque de camisinha sempre que for compartilhar com outra pessoa ou trocar de orifício. Caso contrário, lembre de esterilizá-lo conforme as instruções antes e após o uso e entre cada troca de pessoa ou de orifício.

– Se o sex toy não é totalmente livre de ftalatos, ou se você não tem certeza, jamais utilize sem uma camisinha.

– Se o sex toy não é feito de um material rígido e impenetrável, como vidro, plástico, madeira ou metal, jamais utilize lubrificantes à base de óleo.

– Se o sex toy não é totalmente livre de silicone, ou se você não tem certeza, use somente lubrificantes à base d’água.

– Se o sex toy não tem uma base plana e rígida, jamais insira-o analmente.

– Se o sex toy funciona à pilhas e não é totalmente à prova d’água, retire as baterias antes de lavar. Certifique-se também de que o compartimento de baterias está devidamente fechado.

– Se o sex toy é ligado na tomada, certifique-se de que o cabo está desconectado antes de limpar.

– Se o sex toy não é feito de um material de qualidade médica e alimentar, ou se você não tem certeza, guarde-o individualmente em sua embalagem original ou em um saco plástico, em um local frio, seco e escuro, para impedir que ele solte ou absorva tinturas e odores.

– Nunca use lubrificantes à base de óleo com camisinhas de látex.

Guia de materiais:

Borracha, látex ou vinil – Dildos fabricados com esses materiais são muito baratos. Altamente porosos, brinquedos feitos de látex ou vinil absorvem fluídos do corpo e formam colônias de bactérias e são especialmente difíceis de limpar. Tome cuidado com brinquedos que contêm látex na composição, pois eles podem causar reações alérgicas. Lave antes e depois de usar com água morna e sabão, se possível, com o auxílio de uma escovinha ou um pano úmido. Álcool ou outros produtos de limpeza podem deteriorar o material. Para se proteger e fazer o brinquedo durar mais, use uma camisinha sempre que for usá-lo. Use somente lubrificantes à base de água ou silicone.

Jelly (“geléia”) – Esse material tem esse nome por possuir uma consistência semelhante a uma geléia, além de ter muitas vezes uma aparência translúcida. Muitos brinquedos de jelly possuem ftalatos na composição. Se você não tiver absoluta certeza de que o seu brinquedo não contém ftalatos, jamais o utilize sem camisinha! Jelly é um material altamente poroso que acumula bactérias e é dificílimo de limpar. Além disso, brinquedos desse material têm um cheiro forte de borracha, soltam a descoloração e absorvem odores e tintas. Guarde seus brinquedos de jelly em um local seco, fresco e escuro e jamais os deixe junto com outros brinquedos, para não estragá-los! Se proteja com uma camisinha e lave com água e um produto para limpeza de sex toys, antes e após o uso. Sabão pode penetrar no material e causar problemas durante a utilização. Use lubrificantes à base d’água ou silicone.

Borracha plástica térmica (TPR) – Um material flexível, menos poroso do que látex ou vinil, mas que ainda acumula bactérias. Alguns brinquedos são feitos com TPR impenetrável, de altíssima qualidade, mas se atente, pois a maioria dos brinquedos são fabricados com TPR comum. Lave com sabão e água morna antes e depois de usar e se proteja sempre com uma camisinha de látex. Você pode usar tanto lubrificantes à base d’água quanto lubrificantes à base de silicone.

Elastômero – É menos poroso que outros materiais mais baratos, mas ainda absorve fluídos e bactérias. Como o material não pode ser esterilizado, use uma camisinha sempre que for compartilhar o brinquedo. Lave com água e sabão e use lubrificantes à base de água ou silicone.

Cyberskin – É um tipo de borracha que muitas vezes contém silicone e PVC na composição, feito para imitar o máximo possível a pele humana. Muitos dos dildos mais realistas são feitos com esse material. Esse material é extremamente poroso e impossível de ser higienizado completamente. Lave todas as vezes que for usar o brinquedo, antes e depois, e jamais deixe de usar uma camisinha para se proteger. Para prevenir que o brinquedo fique grudento, você pode sacudir um pouco de maisena (não use talco, estudos apontam que o talco está relacionado ao câncer cervical). Guarde os seus brinquedos de cyberskin individualmente, protegidos em plásticos, para não acumularem poeira e para não absorverem tinta e odores um do outro. Use somente lubrificantes à base d’água, pois produtos à base de óleo, silicone ou petróleo podem danificar o material.

Plástico – Um material barato, rígido e resistente. Apesar de não serem esterilizáveis, geralmente brinquedos de plástico são totalmente impenetráveis, o que significa que são relativamente higiênicos quando usados somente por uma pessoa. Para limpar, basta usar água e sabão antibacteriano, ou mesmo álcool isopropílico. Use uma camisinha sempre que for compartilhar o brinquedo com outra pessoa. Plástico é compatível com todos os tipos de lubrificante, sejam à base de água, óleo ou silicone.

Silicone – É um dos melhores materiais: vem em várias texturas e densidades, é totalmente hipoalergênico, impenetrável, inodoro e aquece junto à temperatura do corpo. Brinquedos feitos 100% de silicone – ou seja, sem outros componentes em sua composição – podem ser lavados facilmente com água corrente e sabão antibacteriano. Você também pode esterilizá-los totalmente utilizando uma solução de água com 10% de alvejante, lavando-os no compartimento superior de uma máquina lavadora de pratos ou os fervendo em uma panela com água em uma temperatura de 300 graus por cerca de 7 minutos. Silicone é um material muito duradouro e pode resistir uma vida toda se bem cuidado. Guarde em um local fresco e longe de outros brinquedos de silicone. Esterilize ou use uma camisinha sempre que for compartilhar e use somente lubrificantes à base d’água. Mantenha longe de brinquedos de silicone ou lubrificantes à base de silicone ou óleo para não danificá-los.

Vidro pyrex ou metal – Brinquedos de Pyrex ou de metal são totalmente seguros, hipoalergênicos, impenetráveis, inodoros e podem ser esfriados ou aquecidos. São muito deslizantes e podem ser esterilizados, ou sendo mergulhados em uma solução de água e 10% de alvejante, colocados no compartimento superior de uma lavadora de pratos ou fervidos em uma panela com água em uma temperatura de 300 graus por 7 minutos. Tome cuidado para não deixar o seu brinquedo de vidro cair e certifique-se de que não tem rachaduras. Guarde em uma bolsa acolchoada em um lugar seguro. Esterilize ou use uma camisinha sempre que for compartilhar. Você pode usar qualquer tipo de lubrificante com esses brinquedos, tanto à base de óleo, água ou silicone.

Madeira – Quando bem polida e finalizada com uma camada protetora de resina, é um material completamente liso, impenetrável e seguro para o corpo. Veja com o fabricante do sex toy específico se a finalização é totalmente à prova d’água e se o brinquedo pode ser esterilizado. Caso contrário, apenas dê uma lavada simples com água e sabão antibacteriano ou use uma flanela úmida, mas não deixe muito tempo mergulhado em água para evitar estragos. Sempre use uma camisinha quando for compartilhar. Brinquedos de madeira são compatíveis com todos os tipos de lubrificante, sejam à base de água, silicone ou óleo.

No fim das contas, não esqueça de pesquisar bem antes de comprar seu sex toy. Dê prioridade para brinquedos que contém lista de ingredientes na própria embalagem e não tenha preguiça de conferir se são materiais seguros. Se você já tem um vibrador feito de material potencialmente nocivo e não quer jogá-lo fora, siga as instruções de uso e nunca esqueça da camisinha! 😉

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10 Fatos sobre a Ejaculação Feminina


A ejaculação feminina é um dos temas mais controversos da sexualidade. Enquanto muitas mulheres dizem ejacular com relativa facilidade, outras tantas fazem de tudo para conseguir sem sucesso. Muita gente acha que a ejaculação feminina não existe e não passa de urina ou lubrificação vaginal. Outras pessoas acreditam que somente uma minoria de mulheres têm a capacidade de ejacular.

Tendo em vista tantas dúvidas, resolvi explicar 10 fatos importantes que você precisa saber sobre a ejaculação feminina.

A ejaculação feminina existe

Embora o assunto seja muito controverso entre os médicos e cientistas, a ejaculação feminina realmente existe. A dificuldade em comprovar a existência da ejaculação feminina se dá pelo fato de que os médicos não conseguem entender de onde vem o fluído. Apesar de ainda inconclusivo, acredita-se hoje que as verdadeiras responsáveis pela ejaculação feminina sejam as glândulas de Skene, que ficam próximas ao clitóris e a abertura da uretra.

A ejaculação feminina não é realmente uma ejaculação

As mulheres, obviamente, não possuem todo o aparato necessário para ejacular. A ejaculação feminina se trata somente de um líquido expelido pela uretra quando as glândulas de Skene são estimuladas, mas ficou popularmente conhecida por esse nome por sair como um jato, geralmente durante o clímax sexual, de forma muito semelhante à ejaculação masculina.

Lubrificação vaginal e ejaculação feminina são coisas diferentes

Muitas pessoas acreditam que a ejaculação feminina não passa de lubrificação excessiva durante o orgasmo. É verdade que algumas mulheres produzem muita lubrificação e, durante o orgasmo, com a contração da vagina, bastante líquido pode ser expelido. No entanto, a ejaculação feminina é um fenômeno completamente diferente e só acontece durante o clímax sexual, se assemelhando muito ao ato de fazer xixi. Ao contrário da lubrificação vaginal, o fluído da ejaculação feminina tem uma consistência aquosa, é transparente e tem cheiro diferente.

A ejaculação feminina não contém urina

Embora seja possível, é muito difícil tanto para homens quanto para mulheres conseguir urinar durante um orgasmo. Os músculos da região pélvica se contraem, impedindo a saída de urina. O motivo por que as mulheres sentem vontade de urinar perto da ejaculação é porque as glândulas que secretam o líquido ficam muito próximas a uretra. Na verdade, mesmo sem ejaculação, qualquer estímulo na região do clitóris pode provocar uma intensa sensação de vontade de urinar. Se você tem dúvidas, basta esvaziar a bexiga antes para ficar com a consciência tranquila. A composição da ejaculação feminina já foi muito estudada e se assemelha muito mais à composição dos fluídos prostáticos expelidos pelos homens do que a urina.

Quase todas as mulheres são capazes de ejacular

Como todas as mulheres possuem glândulas de Skene, todas são aptas a ejacular. Algumas têm mais facilidade que outras, mas com o devido aprendizado, a não ser que haja algum problema ou doença, não há nenhum motivo para acreditar que você, sua parceira ou qualquer mulher não possa ejacular.

A ejaculação feminina não é sinal de doença

Não há nenhuma ligação entre a ejaculação feminina e nenhum tipo de doença. Há muitas mulheres perfeitamente saudáveis capazes de ejacular, incluindo mulheres idosas e mulheres jovens, o que indica que a ejaculação feminina também não tem nenhuma relação com doenças relacionadas à idade ou à menopausa.

Um orgasmo com ejaculação não é mais intenso

A sensação de expelir líquido durante o orgasmo pode ser muito boa, mas o orgasmo em si não é necessariamente mais intenso só por causa da ejaculação feminina. Além disso, para conseguir ejacular, é preciso estimular a região da uretra, que fica muito próxima ao clitóris e às glândulas parauretrais, o que proporciona muito prazer. No entanto, não há nenhuma relação direta entre a intensidade do prazer e a presença da ejaculação.

A ejaculação feminina não é como nos filmes pornô

Não se decepcione se você ou a sua parceira não soltarem jatos quilométricos de fluído. A ejaculação feminina é um jato e pode sair com mais ou menos intensidade e volume de mulher para mulher, mas jamais do modo exagerado como aparece nos filmes. As atrizes pornô geralmente bebem muita água antes de filmar e urinam durante a cena, para simular uma ejaculação. Outras colocam água na vagina e contraem o músculo pélvico para expelir, explicando por que tanta gente acha que a ejaculação feminina sai da vagina.

Estimular o ponto G não é a única forma para conseguir ejacular

Há um mito de que o único modo de alcançar a ejaculação feminina é estimulando o ponto G. É verdade que essa é uma das formas mais populares, até mesmo porque o ponto G fica extremamente próximo das glândulas que secretam a ejaculação feminina. No entanto, é perfeitamente possível ejacular com estimulação somente externa, pressionando o clitóris e a uretra, por exemplo.

água

água

Embora o líquido da ejaculação feminina em si tenha chances incrivelmente baixas de transmitir qualquer doença, é possível que ele se misture com outros fluídos, incluindo partículas de sangue de fraturas microscópicas na pele. Você provavelmente não vai pegar nenhuma doença se sentar em um lençol molhado, por exemplo, mas a não ser que tanto você quanto o seu parceiro ou parceira façam exames de sangue periódicos contra DSTs, não deixe de se proteger tanto na penetração quanto no sexo oral.

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Você sabe o que é BDSM? – Parte 2 – Perguntas Frequentes


Você pode conhecer algo sobre BDSM, ter lido o último livro do momento e até dedicado um tempo para ler este texto de introdução ao BDSM. Mas você ainda deve ter dúvidas e certamente está longe de conhecer o BDSM em toda a sua plenitude.

Pensando nisso, preparei um FAQ com algumas das perguntas mais comuns sobre o BDSM. Hoje você vai ler mais uma parte desse pequeno guia e sanar algumas das suas dúvidas. Vamos lá!

O livro 50 tons de cinza é uma boa representação do BDSM?

Muitos praticantes e entusiastas do BDSM consideram o livro 50 tons de cinza problemático. Apesar da história apresentar uma relação de dominação e submissão e introduzir uma série de elementos característicos do BDSM, o relacionamento da protagonista não é completamente são, seguro e consensual – a tríade do BDSM – e em muitas partes pode ser interpretado como abusivo. A idealização extrema e a banalização do BDSM também não são bons exemplos para os novatos.

Também é importante entender que nenhum livro ou história jamais conseguiria representar toda a diversidade e imensidão do BDSM, que inclui infinitas práticas, das mais brandas às mais extremas e das mais comuns às mais polêmicas.

Mesmo que o livro 50 tons de cinza tenha te introduzido a novas possibilidades excitantes, tenha sempre ressalvas e coloque um pé atrás antes de sair praticando. Por questão de segurança, é recomendável que procure fontes de informação confiáveis ou até praticantes experientes para aprender mais.

O que é Switch?

Switch é uma pessoa que transita entre os dois papéis do BDSM: em um momento você é o dominador, em outro é o dominado. Muitos Switches mantêm mais de um relacionamento, onde são exclusivamente dominadores com um parceiro e exclusivamente submissos com outros. Outros preferem se relacionar com alguém que também é Switch. Um Switch pode inverter os papéis em uma mesma sessão de BDSM, ou pode alternar de papel em diferentes sessões. Isso é muito comum no BDSM. Se você acha que pode curtir os dois lados, basta encontrar um ou mais parceiros que estejam dispostos a explorar as suas fantasias com você.

Há preconceito contra praticantes de BDSM?

Infelizmente, sim. As pessoas em nossa sociedade possuem uma imagem muito preconceituosa a respeito do BDSM e a carência por informações de qualidade só acentua o problema. É lamentável, mas é fato: muitas pessoas perdem emprego quando suas preferências sexuais são descobertas. Muitas não encontram compreensão na família e nem a aceitação dos próprios parceiros. Pior ainda se essas pessoas forem mulheres. Não é à toa que o BDSM é uma subcultura mantida quase totalmente por grupos privados.

Muitos praticantes vivem uma vida dupla para impedir que suas preferências sexuais interfiram na carreira ou na vida pessoal. Para manter o anonimato, muitos adotam apelidos para usar nos meios fetichistas, tanto na internet quanto em eventos presenciais.

O que diferencia o BDSM de violência doméstica?

A palavra-chave é consentimento responsável. Abuso sexual ou emocional e agressões físicas são formas de violência – ou seja, são feitas sem o consentimento da vítima. É fundamental que uma relação BDSM seja estabelecida sob consentimento responsável e esclarecido de todos os envolvidos. Isso quer dizer que não basta você ter vontade de experimentar algo; você também deve ter pleno conhecimento sobre as práticas e os seus riscos. Ninguém deve ser forçado a nada e a sessão pode ser parada a qualquer momento com a palavra de segurança estabelecida. Também é possível realivar a situação e redeterminar novas regras e limites.

O BDSM pode ser praticado com mais de um parceiro?

Uma grande parte dos entusiastas pratica BDSM com mais de um parceiro. É tecnicamente impossível encontrar uma única pessoa que corresponda todas as suas fantasias, especialmente no caso dos Switches. Praticando com parceiros diferentes, você tem liberdade para exercer a sua sexualidade de todas as formas. A quantidade de parceiros BDSM que um indivíduo tem não possui relação direta com seu status amoroso: muitos praticantes, apesar de monogâmicos, buscam “play partners” somente para sessões BDSM, muitas vezes sem sexo. Mas também há dominadores que gostam de mandar em mais de um submisso ao mesmo tempo; dominadores que emprestam seus submissos; submissos com vários donos; ou até mesmo relações de hierarquia, onde um participante é dominado por intermédio de outro submisso. Há liberdade para absolutamente todos os tipos de arranjos de relacionamento, basta dialogar e procurar seus pares.

Quem pratica BDSM nunca mais faz sexo “normal”?

É verdade que muitos praticantes incorporam elementos de dominação ou dor em suas relações sexuais em todos os momentos. Por uma questão de liberdade e realização sexual, essas pessoas se relacionam exclusivamente com parceiros que compartilham os seus fetiches. No entanto, não há nenhum impedimento para que um praticante BDSM faça sexo baunilha. Do mesmo modo que você pode gostar de sexo oral, mas nem sempre incluir essa prática nas suas relações sexuais, às vezes simplesmente a pessoa não está afim. Muitos praticantes mantêm relações perfeitamente baunilhas com seus parceiros e praticam BDSM somente fora de casa. Também é importante lembrar que para muitas pessoas o BDSM nem mesmo inclui sexo.

Como funcionam os tais contratos?

Os contratos não são lavrados em cartório, mas são uma forma simbólica de estabelecer um compromisso de relacionamento duradouro de dominação e submissão. Embora nem todos os praticantes os utilizem, os contratos são vistos e respeitados como algo de grande importância dentro do BDSM, tanto quanto o ato de colocar ou tirar uma coleira. Nele as partes estabelecem suas expectativas, seus limites e todos os acordos da relação. Os envolvidos devem ter o poder de modificar regras ou revogá-las totalmente a qualquer momento, mas um contrato geralmente tem um caráter de compromisso semi-permanente, ao contrário de regras estabelecidas por outros meios.

O submisso nunca pode gozar sem permissão?

Depende do arranjo dos participantes. Geralmente é acordado ao início de cada sessão se o submisso pode ou deve sentir prazer e qual será a punição para cada tipo de infringimento. Em relacionamentos de dominação e submissão, o controle do orgasmo é um elemento muito comum. Alguns praticantes também incorporam elementos de castidade e fazem com que o submisso não possa sequer se tocar ou se masturbar sem a permissão direta do dominador. Esse tipo de regra muitas vezes simboliza a entrega e o pertencimento do prazer do submisso inteiramente ao dominador.

Bater não é perigoso? Pode causar hematomas?

A menos que você seja experiente e saiba como fazer para não deixar marcas, você provavelmente vai causar algum hematoma. Isso pode ser um problema para submissos que não querem expor suas práticas BDSM ao mundo. Mas não tem problema: o submisso estabelece antes de cada sessão quais partes do corpo estão disponíveis para levar marcas. Embora hematomas nos glúteos sejam doloridos, dificilmente uma mancha nesse local levará a algum constrangimento, já que está quase sempre coberta por roupas.

Por uma questão de segurança, não são todas as partes do corpo que podem ser alvos de pancadas. Para prevenir danos e machucados graves, é preciso ter experiência prática com os instrumentos e amplo conhecimento sobre a anatomia humana. Não basta passar horas lendo guias sobre como utilizar um chicote: é preciso ter treinamento prático para prevenir acidentes, de preferência com orientação de um praticamente experiente que te ensine a manusear os instrumentos com segurança. Também não há relação direta entre a cor do hematoma e a dor provocada; com a técnica certa, é possível provocar dores que duram por dias ou semanas sem deixar nenhuma marquinha.

Dá pra praticar sufocamento com segurança?

O sufocamento é uma fantasia muito comum, mas é uma prática extremamente perigosa. As estatísticas não mentem: é assustadora a quantidade de pessoas mortas todos os anos praticando sufocamento – muitas vezes por conta própria, enquanto se masturbavam. Simplesmente não há como prevenir a perda de controle e, para práticas perigosas como essa, é melhor parar antes que seja tarde demais; ou seja, é melhor nem começar.

Certas práticas não são seguras e não há nenhum modo de se assegurar de que não vão causar danos permanentes. Nesses casos, o único modo de se prevenir é não praticando. Uma forma alternativa de encontrar prazer com essa fantasia é apenas imaginar e atuar. Por exemplo, um dominador de extrema confiança pode segurar os seus ombros e fingir que te sufoca, mas sem realmente te estrangular. Lembre-se: prevenir é melhor do que remediar.

O que fazer quando não dá pra falar e nem fazer o gesto de segurança?

Não há o que fazer; por isso, tome cuidado para nunca impossibilitar o submisso de parar a sessão ou de pedir socorro. Mesmo que o dominador seja de extrema confiança, muitas vezes os limites são acidentalmente ultrapassados. O dominador deve estar sempre atento e tomar cuidado com barulhos que possam abafar a palavra de segurança. Caso o submisso esteja amordaçado, a atenção precisa ser redobrada e o dominador não deve deixar de supervisionar o submisso por um segundo sequer. Se o submisso vai ser deixado sozinho por um tempo como parte de algum castigo, é importante que ele seja capaz de se libertar das próprias algemas e equipamentos em caso de emergência.

Não desconsidere essas regras: elas são de extrema importância e podem salvar a sua vida.

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Os Benefícios da Arte de Pompoar/Pompoir


Fortalecer a musculatura do chão pélvico serve para muito mais que fazer truques sexuais. Do Kegel ao Pompoir, esses exercícios ajudam -e muito- a melhorar a saúde da mulher. De diversas formas.

A técnica do Pompoir, diz a Wikipedia, foi criada na Índia e aperfeiçoada na Tailândia e no Japão. Nos anos 50 um moço chamado Arnold Kegel desenvolveu exercícios similares, para ajudar mulheres com incontinência urinária. Diz que tem uma outra modalidade (essa eu não conheço) do sul da Asia, que chama Kabazzah.

O que esses exercícios tem em comum é que são um tipo de musculação genital que visa o fortalecimento e controle desses músculos. As finalidades vão desde de tratar e prevenir prolapso vaginal e uterino, passando por tratamento da incontinência urinária, até aumento do prazer sexual, preparação para partos naturais e melhora no ressecamento vaginal pós menopausa.

E se tu acha que eu tou exagerando (ou sendo muito hippie), saiba que entrei em contato com o tema num consultório ginecológico. Muitas ginecologistas usam os métodos. Aliás, o próprio Kegel era ginecologista. Inclusive, imagino que por isso os exercícios dele sejam mais voltados para incontinência que para a prática sexual. Pois todas nós temos corpos diferentes, com características únicas, mas algo nos une: o tempo passa. E com o passar do tempo coisas como incontinência urinária se tornam mais comuns.

Por isso sempre que eu ouço papinho sobre parto natural eu fico abismada com o tamanho da nossa ignorância sobre a saúde reprodutora feminina. Não tou querendo dizer que não possamos (inclusive, em alguns casos, é recomendado) fazer cesarianas, só estou dizendo que os músculos do corpo se comportam de maneira similar: se tu exercita, desenvolve controle e força, senão, não.

vovó-fortona

vovó-fortona

Não é a gravidez nem o sexo que deixam a mulher nada, sério, se informe.

Dito isto, vamos falar de sexo. Sim, o fortalecimento dessa musculatura altera a vida sexual feminina. A sensibilidade, como um todo, aumenta. Tanto para mulheres que tem dores na penetração quanto para mulheres que reclamam de falta de sensibilidade, o controle muscular auxilia a minimizar (até acabar de vez) com esses problemas. Além disso, truques como sucção não são bons só para os homens, não. Eles causam um tipo de sensibilidade vaginal que, do contrário, não existiria.

Os exercícios são bem simples e podem ser feitos em qualquer lugar. Existem alguns tutoriais online e muitos especialistas prontos para ajudar. E, se me perguntar, não só recomendo como digo que depois deles minha vida nunca mais foi a mesma.

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